Quando a gente aprende a identificar as riquezas tantas que estão ao nosso alcance, nos tornamos seres itinerantes dentro de nós mesmos. E, através de um profundo observar do mundo, podemos alimentar nossa alma somente com o que toca nosso coração. Podemos preencher tudo por dentro com uma calma que acaricia, podemos soletrar nossa existência pra fora, extravasando nossa mania de buscar por algo que já existe. Quando me aprendo, me respeito mais. Meu silêncio ensina tanto de mim, a voz do mundo acelerado me ensina tanto mais. E nessa busca incansável que parecemos todos estar, eu, você, me proponho a simplesmente parar, desacelerar, acalmar, meditar-nos numa autoreflexão constante. Quando paro aprendo. Quando reparo também. Quando disparo, às vezes não entendo a pressa que tudo tem. Amorteço alguma caída sempre que amoleço minha vida através de um sempre estado de aprendizado e humildade. Não costumo perder tempo nem gosto de atraso, mas se identifico meu lugar, guardo minha identidade a sete chaves. Mas não me tranco por dentro, ao contrário, qualquer vento me invade, me possui, me varre, me leva e me traz de volta. Sou realmente alguém que sente mais. E isso, me deixa prós e contras, porém te conto que, me sinto mais inteira sendo um sempre do que um tanto faz.